domingo, 21 de agosto de 2011

Meninos e Felinos


O Sheik chegou em nossa casa logo que nos mudamos para a vila. Era dezembro e chovia bastante, uma daquelas chuvas de verão. Enquanto dava a janta do Pietro, ouvi um miado. Não parecia de gato de verdade, era estranho... Pedi para o Romando olhar. Ele abriu a porta e o Sheik entrou. Pequenino, cinza, muito magrinho, Romando quis ficar com ele, e eu fiquei morrendo de pena de expulsá-lo depois de ter acolhido. Telefonei para nossa amiga Bruna, especialista em gatos, para sabermos que procedimentos tomar. Depois das orientações, fui colocá-las em prática: dei um banho, colocamos leite (era de noite e não tínhamos ração). No dia seguinte o Romando levou ele ao veterinário.


Sheik deveria ter 2 meses e meio, pela estimativa do médico. Estava desnutrido. Alimentamos ele e em uma semana ganhou bastante peso. No começo estranhei cuidar dele. A convivência que eu tinha com bichos era somente com cães, e eles são muito diferentes. Pouco a pouco fui me afeiçoando, entendendo seu jeitinho felino de se relacionar. O Romando foi quem se decepcionou. Esperava que ele fosse mais dengoso, mais carinhoso, mas esse não é o perfil dos gatos.


Pietro sempre gostou muito do Sheik. Acordava, e ainda acorda, perguntando por ele. O Romando perguntou para o pediatra se haveria riscos para o Pietro, e sua resposta era para que tomássemos cuidado. No dia a dia o que fomos vendo é que quem precisa tomar cuidado é o gato, porque o Pietro faz cada brincadeira! Temos de estar de olho para proteger o Sheik. Pietro de vez em quando quer puxar o rabo, às vezes o gato está quietinho e lá vai ele atiçá-lo. Resultado: Sheik entra no clima e começa a 'dar o bote' no Pietro, mordendo sua perna, braço. Sheik gosta do Pietro, é bem tolerante e gosta de dormir juntinho dele.



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