quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Amamentação

Bem, depois de todo esse tempo consegui um tempinho para voltar a escrever! O Pietro está com 5 meses e sendo amamentado exclusivamente. Gostaria de falar aqui um pouco sobre a amamentação, que assim como o parto, era algo muito importante para mim na vivência da maternidade.

Nossa, como foi difícil o começo... Porque a gente sabe um pouco mais sobre algumas coisas, parece que tudo acontece. Como diz a minha grande amiga Inês, parece que somos colocadas a prova... Primeiro foram as fissuras. Um mês até cicatrizarem. E depois o problema do ganho de peso, porque o Pietro só ganhou 240g no primeiro mês (muito, muito pouco!).

Nossa, como doem as fissuras! Foi um mês amamentando com dor, com muita insistência, e sem sucumbir no meu objetivo em nenhum momento. Sempre via a expressão e as lágrimas de dor das mulheres na maternidade do hospital em que trabalho quando amamentavam com fissuras, mas não tinha noção da dor. As fissuras são a principal causa de desmame, e entendo bem o porque, muitas mulheres não suportam. Foi muito difícil, parecia que aquilo não acabava, que nunca cicatrizava.

Depois veio o baque do peso. Tive muita sorte de conhecer pessoas ligadas ao movimento de apoio à amamentação e de estar levando o Pietro em um pediatra que não quer empurrar fórmula. A possibilidade de ter de complementar com leite artificial me deixou transtornada. Algumas pessoas não compreenderam isso, principalmente na família. Mas como disse, conhecer as pessoas certas foi fundamental. Fui muito ajudada e hoje sou muito grata a uma nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde que me orientou a complementar com meu próprio leite. Como assim? O Pietro, preguiçoso, não mamava o leite com gordura. Então eu ordenhava esse leite e dava para ele com uma sonda. E ele ganhou peso! E eu nunca tive que dar fórmula! Hoje o Pietro está ótimo. É um bebê de baixo peso, mas a cada mês vem recuperando bem.

Passar por isso tudo me fez perceber inúmeras coisas. Que o apoio da família, nesse momento, é essencial. Por isso eu agradeço muito, muito, ao meu marido, amigo, companheiro e super-pai Romando, que sempre esteve ao meu lado me apoiando no momento da dor, da preocupação, da ansiedade, e que nunca me disse uma palavra que me tirasse o incentivo de amamentar. Também pude perceber que nem sempre se pode contar com o apoio da família. Por causa dessa história do peso ouvi comentários de pessoas do mesmo sangue, de quem eu esperava pelo menos um ombro amigo para desabafar. Mas tudo bem, família não é só quem compartilha do mesmo sangue. Deus coloca na nossa vida amigas que são verdadeiras irmãs. Agradeço de todo meu coração a querida amiga Inês, que nesse momento tão delicado foi quem mais me ouviu e mais me apoiou para que eu me mantivesse firme até o final. Também agradeço de coração a Jeanne, que também me ouviu e me apoiou. E claro que não poderia deixar de agradecer o apoio que venho recebendo até hoje da ONG Amigas do Peito.

E sabem de uma coisa? Valeu muuuuuiiiiiiiiito a pena investir na amamentação!!!!!!!!!! Depois que tudo isso passa, a amamentação se torna uma experiência maravilhosa, como me falava a Inês. Estar com meu filho num momento tão íntimo, tão especial, tão nosso... Poder compartilhar meu corpo com ele, dar um pouco de mim, do meu sangue (o sangue branco, como diria o pediatra José Dias Rego)... Enfim, não há palavras para expressar o prazer de amamentar! Só sabe quem já amamentou.

Beijos para todos!

Pietro com fraldinha de pano

Para quem apostou que eu não conseguiria usar as fraldas de pano, aí vão umas fotos do meu gostoso com elas.



Usar fraldas de pano não é um transtorno assim tão grande. É claro que dá mais trabalho do que a fralda descartável, mas com logística tudo fica tranqüilo e dá para usar. O que tenho feito? Quando troco a fraldinha dele enxaguo a fralda suja e coloco sabão de coco. Vai tudo para o molho, com vinagre misturado na água. Junto durante uns três dias, e então enxaguo com água e no final com vinagre, ou no tanque mesmo, ou na máquina, e depois centrifugo. Secam super rápido e não precisa passar, já que o calor do ferro estraga o algodão.



Comecei a usar as fraldas de pano no Pietro quando ele estava com uns dois meses, porque com a história do peso ele ainda era muito pequeno e as fraldas ficavam grandes. Pouco a pouco fui criando minha rotina com elas. Há quem diga que fraldas de pano dão mais assaduras, mas pelo o que leio por aí e pela minha própria experiência não dão, não. Devem dar se o bebê passar o dia todo com a mesma fralda. O que notei é que a fralda descartável, sim, pode dar assadura. O Pietro nunca teve grandes assaduras, quando ficou muito calor a pele ficou vermelha, nada que eu não desse conta em casa e que em dois dias, no máximo, estivesse resolvido. Percebi que quando isso aconteceu foi num período em que ficamos muito fora de casa, e ele com fraldas descartáveis direto. Aprendi que a melhor forma de prevenção para as assaduras é bastante ar e sol no bumbum e lavar com sabonete sempre depois que o bebê faz cocô. E também observar a marca da fralda, pois muitas vezes a assadura está relacionada a isso.





Aí vão as fotos:



Com a fraldinha dada pela zia Sil e a Nonna no ginásio de atividades






Com o amigo do Papai, Rodrigo



Brincando na cama com a fraldinha dada pela zia Sil e a Nonna





No bebê conforto (aqui, menorzinho)




Aqui, mais magrelinho, logo que começou a usá-las. Ficava enorme!